
Você vem e traz a minha paz. Somente o vislumbre das suas feições já me entorpece e me alivia. Alívio por estar com você. Por saber que, sim, você me pertence. Você é minha. Tão utópico e perfeito, que eu cheguei a pensar que poderia ser real. Mas eu não sou lá de ter muita sorte.. Não sou tão bonita, nem tão sociável. Certamente, não sirvo para você e para o seu mundo. Mas quem disse que eu me importo? Desde que eu tenha você, ou pelo menos, eu pense que tenha você. Desde que você finja que me ama e se esforce, pelo menos um pouco, para fazer isso. Eu sei. Que tipo de pessoa eu sou? Não tenho amor próprio? Sim, eu tenho. Mas reside em mim um amor tão grande pelo outro, que não se suporta mais viver somente com o que guardo para mim. Eu sofrerei mais do que preciso. Eu chorarei além das minhas lágrimas. Eu desejarei morrer. Mas eu te terei em meu corpo, um dia. E então, eu guardarei isso tão bem, que eu te sentirei comigo. Que a dor que me assolará, vai permanecer, quieta, incapaz de se mover um centimetro sequer. Incapaz de aumentar e me angustiar ainda mais. Eu aprenderei a conviver com ela. Eu a amarei, do mesmo modo que eu amo você.
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