É esse meu medo de decepcionar, de não suprir as expectativas. Eu me basto, é claro. Mas parece que isso não é o suficiente. Os outros sempre esperam mais de mim. Eu não muito mais pra dar, a não ser o que eu sou, no meu íntimo. Tranparência e nada mais. Não vou fingir ser o que eu não sou, só para agradar uma sociedade, ou meus pais. Meus pais, principalmente. Alguém já parou pra pensar, o quanto dói perceber que seus pais esperavam que você fosse algo que não é? Dói mais do que dor de amor. Porque é dor de culpa. Dor de falha. Você sente que falhou consigo mesma, afinal, eles são parte de você. Você sente que não valhe mais tanta coisa, porque você não consegue ser, o qe esperam que você seja. Deveria ser errado, você querer ser, o que não é. Eu não quero. Mas é mais fácil mudar o que eu sou, do que tentar explicar a concepção desse mundo louco que é o meu interior. Ninguém entenderia, afinal, ninguém, a não ser eu, sente tudo isso. Uma mistura louca de sentimentos, que me faz confusa e incerta, sem saber qual caminho seguir. Autoconfiança, deveria vir embalado, desde que você nasceu, e você iria pegando, aos poucos, a medida que fosse precisando dela. Eu já teria acabado com o meu pote.
sexta-feira, fevereiro 11, 2011
quinta-feira, fevereiro 10, 2011
Azedume
Já não sentia mais nada. Talvez apenas o gosto amargo da derrota que lhe insistia em tomar os lábios. Buscava desesperadamente alguma opção que lhe permitisse pensar, sem azedume, em qualquer forma de se definir. Sua mente andara vazia, insípida; e ele sempre se perdia, em meio a tantas formas de se ver. O espelho não era fiel quando retratava, de certa forma, o rosto pálido, as feições ossudas e o olhar turvo, que se perdera no meio da noite. Ele não sorria, sem ao menos se preocupar com as luzes que lhe eram refletidas nos olhos. Estreitava-os. Tentava, sem sucesso, enxergar além daquela projeção. Findou-se. De cansaço, desistiu. Deu-se as costas e saiu, ignorando completamente a pseudo-imagem que lhe era imposta. Não se importava. Iria para um pseudo-lugar, procuraria um pseudo-amante e viveria a sua pseudo-vida. Sobrevivendo, certamente, um dia após o outro.
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
Blind Mind
Eu acho que tenho um pouco de medo de encarar, de fato, o mundo em que vivemos. É como muita gente diz, - e estão certos - não quero enxergar. Não quero acreditar que o ser humano é cruel e insensível. Não. Eu não quero um mundo assim, então, eu me cego para esses fatos, que confirmam a nossa decadência.
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