Seria impossível eu não sentir a sua falta, a cada minuto, cada segundo, cada dia. A cada pensamento, a cada música, a cada noite. Noite. É quando me dói mais. É quando eu penso que era pra você estar ali, comigo, com seu corpo bem juntinho e a respiração no meu pescoço. É quando eu penso que a gente deveria ter durado. A gente tinha que ter durado. A gente se perdeu. Sabe, como quando se perde alguma coisa nova. Porque a gente era novo pra gente. O que a gente tinha, era novo. O que a gente era, era novo. O que a gente seria, era mais novo ainda. Mas não fomos. Só sei que fomos tudo o que poderíamos ser, até aquela hora. Não perdemos nada, não faltou nada. Não faltou amor. Não. Amor não. Amor a gente tinha (tem) de sobra. Amor a gente não precisava inventar. Amor. A gente era isso. Nada mais, nada menos. Éramos amor, e deveríamos ser amor. Agora, nós somos distância. Saudade. Vontade. Qualquer um que não tenha o que a gente teve, não saberia explicar porque acabou. Acabou. Como quando você termina de comer o seu último pedaço de chocolate. Acabou. Voou. Virou estrela. Virou vento. Virou nada. Nada, não. Virou lembrança. Virou coisa que fica guardada à sete chaves, na gaveta do porão da casa da sua avó. Mas virou. Virou alegria. Porque tristeza, a gente não tinha. Não. Nada poderia virar tristeza. A gente era feliz. E quem é feliz, não vira tristeza. Quem é feliz, vira sorriso. Nostalgia, no máximo. Mas nunca tristeza. Tristeza é pra quem não teve amor, e isso a gente teve. E muito.
quarta-feira, março 30, 2011
terça-feira, março 15, 2011
Quaseamar
Um pouco como se você se sentisse vazio. Entende? É quase como se você tivesse perdido alguma coisa. Não, eu não perdi. Aliás, ultimamente tenho ganhado muitas coisas. Ganhei um colar e boas notas. Ganhei alguém com quem me preocupar. Ganhei sorrisos e até uns quilos a mais. Ah, talvez seja isso que mate qualquer mulher. Ou talvez seja a falta de amor. Mas, o amor não está tão longe, não é? Complicado distinguir, mas muita coisa, hoje em dia, é amor. Ou quase amor. Quase amor? Não sei. Não dá pra ser quase legal, ou quase chato. Não dá pra ''quase amar''. Talvez se eu inventasse um verbo: eu quaseamo. Quaseamo o menino mais engraçado da minha sala, que vira e mexe ataca de repentista. Quaseamo aquele bolo de chocolate da minha avó, que só não amo porque me engorda. Quaseamo aquela blusa velha, que não sai da minha gaveta de pijama por nada. Quaseamo tanta coisa. Quaseamo o modo como o meu coração salta quando ele está perto de mim. Quaseamo aquele frio que dá na barriga quando ele ri pra mim. Quaseamo aquela sensação que treme o corpo todo quando eu recebo uma mensagem, que eu quaseamaria se fosse dele. E eu quase amo mais ainda, essa capacidade de fugir totalmente de algo. Não, não quaseamo isso. Mas seria como se minha mente sempre fugisse daquilo que eu teimo em buscar. Que, na verdade, eu não ando teimando muito. Não. Eu não tenho procurado muitas coisas para ''quaseamar''. Eu já quaseamo tudo o que eu quero. Eu estou quaseamando alguma coisa, que é linda demais para não-quaseamar. Talvez eu quaseame essa sensação que sempre me dá quando eu escrevo, que somente eu estou entendendo. Essa sensação de que, só se você estivesse na minha mente, agora - mas não nos meus pensamentos, na minha mente mesmo. Dentro dela. Vasculhando e remexendo tudo - que você entenderia qualquer coisa que eu tentei escrever. Quaseodeio ter que ir fazer o meu dever agora.
Assinar:
Postagens (Atom)