quarta-feira, março 30, 2011

Nostálgico

Seria impossível eu não sentir a sua falta, a cada minuto, cada segundo, cada dia. A cada pensamento, a cada música, a cada noite. Noite. É quando me dói mais. É quando eu penso que era pra você estar ali, comigo, com seu corpo bem juntinho e a respiração no meu pescoço. É quando eu penso que a gente deveria ter durado. A gente tinha que ter durado. A gente se perdeu. Sabe, como quando se perde alguma coisa nova. Porque a gente era novo pra gente. O que a gente tinha, era novo. O que a gente era, era novo. O que a gente seria, era mais novo ainda. Mas não fomos. Só sei que fomos tudo o que poderíamos ser, até aquela hora. Não perdemos nada, não faltou nada. Não faltou amor. Não. Amor não. Amor a gente tinha (tem) de sobra. Amor a gente não precisava inventar. Amor. A gente era isso. Nada mais, nada menos. Éramos amor, e deveríamos ser amor. Agora, nós somos distância. Saudade. Vontade. Qualquer um que não tenha o que a gente teve, não saberia explicar porque acabou. Acabou. Como quando você termina de comer o seu último pedaço de chocolate. Acabou. Voou. Virou estrela. Virou vento. Virou nada. Nada, não. Virou lembrança. Virou coisa que fica guardada à sete chaves, na gaveta do porão da casa da sua avó. Mas virou. Virou alegria. Porque tristeza, a gente não tinha. Não. Nada poderia virar tristeza. A gente era feliz. E quem é feliz, não vira tristeza. Quem é feliz, vira sorriso. Nostalgia, no máximo. Mas nunca tristeza. Tristeza é pra quem não teve amor, e isso a gente teve. E muito.

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